segunda-feira, 25 de agosto de 2008


A CORTINA DA MENTIRA.


descem sobre os olhos

fecham-se com lucidez

todos alinhados...


os cilios se fecham para o mundo

e dormem, e sonham, e acordam.

olhos... vêem a mentira

vêem o mundo!


por tras da cortina escura

ao menos fingem descansados.


acorde! a cortina se abre.

a mentira novamente,amarela, branca, azul e verde

este é o mundo onde vives.


O sonho não é americano.

as estrelas não são unidas.

o que nos junta nos separa.


o que te nutre, também te destroi!



ASAS LIVRES.


batem as asas da borboleta

estao presas

nao conseguem se soltar


de um lado escuro, uma lareira

uma corrente se arrasta, um cão negro

preso em sua casinha.


as arvores liberam o lugar, preenchem.

ao meu lado um banco vazio

ao meu lado uma mulher de preto

ao meu lado, apenas, uma sombra


presa as asas da borboleta

eu nao consigo voar.

presa as asas da borboleta

aquela sombra negra não passo de sua presa.


Como uma mosca varejeira

ao contrário dos arrepios que me dá

me persegue, por que me persegue?

nao dá pra se soltar.


o casulo se rompeu

ligado a sombra negra

por dias e noites até o fim de um dia

ela escapou, foi embora, nao voltou


estão a voar..

sem tormentos, um novo lar.

as asas da borboleta estão livres.


felipe D'avila



DENTRO DE UM SONHO


ele se enrosca pelos ventos do capim

pelo gelo da montanha

pelo azul celeste das campinas


ele corre pelos vales da escuridão

e retorna em campos floridos.

a noite nao dura terminar

a noite perdura pela infinidade de um tempo.


os sons estremecem e voltam

e vao e voam como passaros

negros passaros que se tornam andorinhas

em meio a um mar agitado


o violino toca sem cessar

as maos dela sao perfeitas

tao perfeita melodia, ao tocar.


A barca vermelha corre pelo lago-riacho,

as ovelhas cansadas se formam em nuvens

maciças controlando a passagem do ar.


aquela musica volta a tocar...

o vigia do sonho parece querer..

ele não sabe onde está

ele parece, em um fio de tempo, vai acordar


As trevas consomem o olhar

aguas vermelhas, torrentes, correntes

batem em silêncio pelo corredor.

misturam-se as imagens.

o tempo passa, mas não passa.

o infinito, nao parece acabar... nem começou.


o vento passa...

Ele vai acordar.

o que eu não queria

o sonho vem a terminar. acordei!


felipe D'avila

2 comentários:

Zuk@ disse...

legal o seu blog, Felipe!
tah inspirado neh
bjoo

Willian Guimarães disse...

Que poesias nebulosas @__@
Bem legal XD
Abraço XD

[Will]