A CORTINA DA MENTIRA.
descem sobre os olhos
fecham-se com lucidez
todos alinhados...
os cilios se fecham para o mundo
e dormem, e sonham, e acordam.
olhos... vêem a mentira
vêem o mundo!
por tras da cortina escura
ao menos fingem descansados.
acorde! a cortina se abre.
a mentira novamente,amarela, branca, azul e verde
este é o mundo onde vives.
O sonho não é americano.
as estrelas não são unidas.
o que nos junta nos separa.
o que te nutre, também te destroi!
ASAS LIVRES.
batem as asas da borboleta
estao presas
nao conseguem se soltar
de um lado escuro, uma lareira
uma corrente se arrasta, um cão negro
preso em sua casinha.
as arvores liberam o lugar, preenchem.
ao meu lado um banco vazio
ao meu lado uma mulher de preto
ao meu lado, apenas, uma sombra
presa as asas da borboleta
eu nao consigo voar.
presa as asas da borboleta
aquela sombra negra não passo de sua presa.
Como uma mosca varejeira
ao contrário dos arrepios que me dá
me persegue, por que me persegue?
nao dá pra se soltar.
o casulo se rompeu
ligado a sombra negra
por dias e noites até o fim de um dia
ela escapou, foi embora, nao voltou
estão a voar..
sem tormentos, um novo lar.
as asas da borboleta estão livres.
felipe D'avila
DENTRO DE UM SONHO
ele se enrosca pelos ventos do capim
pelo gelo da montanha
pelo azul celeste das campinas
ele corre pelos vales da escuridão
e retorna em campos floridos.
a noite nao dura terminar
a noite perdura pela infinidade de um tempo.
os sons estremecem e voltam
e vao e voam como passaros
negros passaros que se tornam andorinhas
em meio a um mar agitado
o violino toca sem cessar
as maos dela sao perfeitas
tao perfeita melodia, ao tocar.
A barca vermelha corre pelo lago-riacho,
as ovelhas cansadas se formam em nuvens
maciças controlando a passagem do ar.
aquela musica volta a tocar...
o vigia do sonho parece querer..
ele não sabe onde está
ele parece, em um fio de tempo, vai acordar
As trevas consomem o olhar
aguas vermelhas, torrentes, correntes
batem em silêncio pelo corredor.
misturam-se as imagens.
o tempo passa, mas não passa.
o infinito, nao parece acabar... nem começou.
o vento passa...
Ele vai acordar.
o que eu não queria
o sonho vem a terminar. acordei!
felipe D'avila
2 comentários:
legal o seu blog, Felipe!
tah inspirado neh
bjoo
Que poesias nebulosas @__@
Bem legal XD
Abraço XD
[Will]
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